sábado, 28 de dezembro de 2013

OS MELHORES DO ANO DE 2013

Marina Silva

Personalidade do ano É comum, ao final de cada ano, que os veículos de comunicação façam enquetes e consultas para escolher --e, às vezes, premiar-- as personalidades que se destacaram e influenciaram o rumo dos acontecimentos no país. Exponho aqui o meu voto e o justifico.
Em 2013, o Brasil se encontrou nas ruas. Este não é apenas o fato mais significativo do ano, mas se estende ao futuro e influencia todas as expectativas para o próximo ano.
Na verdade, as jornadas de junho permanecem como uma presença extra, incômoda para muitos como um fantasma na sala, gerando uma sensação de que os bastidores foram devassados, de que não há mais possibilidade de "votos secretos", de que o reino inteiro está nu.
Por mais que os operadores do sistema político tentem restaurar a opacidade na vida institucional, não conseguem escapar aos olhos de um novo sujeito político que, de fora, abre as janelas. Ainda não chegaram a um termo na insistente tentativa de controlar a internet, mas já criaram grandes dificuldades para o surgimento de novos partidos e novas formas de representação política. Não adianta erguer novos muros, todos serão ultrapassados ou derrubados.
Esse novo sujeito, coletivo e difuso, que não obedece a um comando único e age a partir de vários centros, ganhou diversos nomes: ruas, multidão, manifestantes são alguns dos mais frequentes.
Antes de entrar em cena, era o último a saber das coisas, a massa de manobra, a maioria silenciosa, enfim, os que não viam, não ouviam e não falavam. Agora tudo mudou. Esse novo protagonista torna à vida pública de fato pública e exige que vigore efetivamente uma nova República.
Novos tempos e espaços surgem e neles navegam milhares, talvez milhões de militantes de uma política diferente, despreocupados em aparelhar esses espaços ou espichar seus tempos, ou seja, sem a ansiedade tóxica das disputas por hegemonia e poder.
Essa nova militância, que chamo de ativismo autoral, pois não se submete a direções partidárias ou sindicais, ONGs ou lideranças carismáticas, produz uma nova agenda em que as prioridades não são manipuladas. Assim, no país do futebol, tornou-se possível fazer da Copa das Confederações uma ocasião para reivindicar mais saúde e educação.
Por essa emergência que surpreendeu aos desatentos e, principalmente, por essa permanência que se anuncia para o futuro, pela ruptura com os velhos falsos consensos estabelecidos, pelo reencontro de uma utopia de justiça que parecia esquecida, voto nessa bela multidão que foi às ruas como personalidade do ano de 2013 e desejo-lhe mais força e criatividade para renovar a democracia no Brasil em 2014.
MARINA SILVA escreve às sextas-feiras nesta coluna.

Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na versão impressa da Página A2.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

SOL - FONTE INESGOTÁVEL DE ENERGIA ELÉTRICA BARATA E LIMPA



No Brasil, recebemos mais de 300 dias ensolarados por ano. Por Isso, a energia solar parece a forma mais simples e objetiva para baratear a conta de luz dos milhões de brasileiros. É claro que para isso seria necessário investimentos.
A luz do sol é uma fonte inesgotável de energia. Diz-se que será a principal fonte de energia no futuro. Seria uma forma de combater a degradação do meio ambiente provocada hoje, dentre outros agentes, pela devastação das florestas para dar lugar a pastagens na agropecuária e na construção de hidrelétricas.
A energia solar fotovoltaica é capaz de gerar energia elétrica através de painéis fotovoltaicos que transformam luz (fóton) em energia elétrica (volts). Essa fonte de energia é inesgotável. Como dizia Lavoisier: “Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma” Então podemos utilizar os recursos naturais para transforma-los em energia útil e não problemas para o maio ambiente.
As fontes de energia mais utilizadas no Brasil são as de origem fosseis como petróleo, carvão e gás e as hidrelétricas.
O petróleo e o gás são fontes de energia que foram transformados a milhões de anos pela natureza. Além de cara produz um grau elevado de poluição e consequentemente causa prejuízo à camada de ozônio, cuja função é proteger a terra dos raios solares ultravioletas maléficos à vida.
As hidrelétricas produzem mais de 80% da energia consumida no país e tem como grande problema a falta de chuva, que por causa do desmatamento, esta aumentando cada vez mais. Apagões são frequentes como os de 1999, 2001, 2009 e outros que são vistos a cada ano, tornando o preço da energia muito alto para a população. Embora o Brasil seja rico em recursos hídricos, o preço da energia gerada por essas usinas está muito acima da média mundial. Diante dessa realidade, a energia solar aparece como a alternativa energética limpa, renovável e mais barata para a população.
Um sistema fotovoltaico é composto por um painel solar para receber luz do sol; um inversor que transforma energia de corrente contínua em corrente alternada, a que é usada nas residências; controlador de carga e bateria para armazenar a energia que não é usada de imediato.
Para se ter uma ideia, um sistema fotovoltaico para abastecer uma casa que utiliza duas lâmpadas 40W 110V e uma TV com 110V e 200W durante 4 horas por dia, precisa de um painel solar capaz de gerar 280W/h. Mais ainda, a energia produzida por um sistema desses, pode ser armazenada em baterias ou ligada diretamente na rede, pública de distribuição.
Se fosse colocado um painel capaz de gerar 1 KW/h na metade das residências brasileiras a energia produzida, ligadas à rede pública de distribuição, daria para ter evitado a destruição de muitos ecossistemas Brasil a fora.

domingo, 1 de dezembro de 2013

TRANSPORTE COLETIVO GRATIS PARA A POPULAÇÃO DE ALTAMIRA, UMA CONDICIONANTE JUSTA!



O povo de Altamira merece transporte coletivo com tarifa zero como recompensa pelos transtornos e prejuízos causados pelos impactos econômicos e sociais em decorrência da grande obra da hidrelétrica de Belo Monte.
O aumento da população sem as devidas obras de infraestrutura urbana trouxe como consequência também, o impacto econômico para as famílias que aqui viviam modestamente. Antes da obra a população vivia sob uma determinada margem de custo de vida. Com o inchaço populacional houve um grande aumento desse custo de vida, sem que houvesse um correspondente aumento de renda (salário ou trabalho autônomo).  
Para esse impacto, não foi prevista nenhuma condicionante.
O transporte coletivo colocado recentemente tem o preço mais alto do país. Nenhuma cidade brasileira tem uma tarifa acima de R$ 3,50 sem contar que aqui o percurso das linhas é muito menor.
Diante desses e outros motivos, consideramos justo que a Norte Energia, o Consorcio Construtor de Belo Monte e a Prefeitura de Altamira providenciem imediatamente a tarifa zero para assa sofrida população.
Portanto a palavra de ordem deve ser TARIFA ZERO JÁ!