quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A LUZ NO FIM DO TUNEL




Os mensalões estão de volta às manchetes dos jornais, o mensalão do PT e o mensalão do PSDB. Isso ocorre por dois motivos: o julgamento dos embargos infringentes pelo Supremo Tribunal Federal-STF de seis réus do mensalão condenados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e a decisão do mesmo STF, se mantém em sua responsabilidade o julgamento do outro mensalão, o mineiro, por causa da renuncia do cargo de Deputado do réu Eduardo Azeredo perdendo o fórum privilegiado. Eduardo Azeredo teria utilizado o esquema do publicitário Marcos Valério para desviar dinheiro público quando era governador de Minas Gerais.  
Esses dois partidos, protagonistas da recente historia política brasileira, tentam mais uma vez polarizar a disputa nas eleições deste ano para presidente da República. Querendo colocar o povo brasileiro no dilema: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Remanescentes da luta pela redemocratização do país e contra a ditadura militar, que dominou o país durante mais de vinte anos, herdaram a base da política progressista brasileira e a confiança do povo para iniciar uma nova era baseada na construção de uma sociedade mais justa. Uma das atuações esperada seria no enfrentamento da causa principal da miséria e injustiça social, que é a concentração de renda absurda. 1% da população é dona de mais da metade do Produto interno bruto-PIB e o restante é disputado pelos outros 99%. Esses índices não diminuíram nesses últimos 30 anos. Esta estrutura socioeconômica e política em que está montada a nação brasileira é a responsável direta pelos principais problemas, dentre os quis podemos citar: semianalfabetismo, violência, saúde pública precária, baixa qualidade da educação, falta de saneamento básico e proliferação do vírus da corrupção.
O jornal da Band noticiou esta semana um estudo que mostrava tristes estatísticas como se fosse grande noticia. Dizia que 58% da população pertencem à classe “C” e que segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, esta classe é composta por famílias com renda entre R$ 320,00 e R$ 1.200,00. Esse valor é menos que um salario mínimo e meio. O que uma família faz com R$ 1.200,00 por mês? Como vivem? Como compram remédios quando adoecem? Como fazem para manter os filhos na escola? Sem contar o fato de que quem ganha cerca de R$ 1.800,00 deve prestar contas ao imposto de renda, acertadamente apelidado de LEÃO.
Nós o povo brasileiro estamos com uma tarefa muito importante este ano. Impedir que estes dois grupos (PT/PMDB e PSDB) polarizem mais uma vez a disputa eleitoral obstruindo a avaliação de outra alternativa política para o Brasil. Criar essa alternativa eleitoral é nossa responsabilidade. Portanto devemos promover o fortalecimento do ajuntamento daqueles que estão se colocando como alternativa de poder e que detém o respeito de uma parcela significativa da população. Estes grupos alternativos são representados por partidos como PV, REDE SUSTENTABILIDADE/PSB, PSOL, PPS dentre outros. Só assim poderemos acender novamente “a luz no fim do túnel”.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

ELEIÇÃO SEM TELEVISÃO-RETROCESSO DEMOCRÁTICO



As eleições em Altamira em 2012 transcorreram sem nenhuma novidade, na mais tranquila calmaria, uma vez que não houve candidaturas alternativas. A disputa se deu entre velhos aliados que se dividiram numa oposição eleitoral e oportunista.
Foi também a eleição que marcou o maior retrocesso político/democrático ocorrido desde os tempos dos prefeitos impostos pela ditadura dos militares, a retirada da televisão da campanha eleitoral. Diante dessa agressão ao principio democrático retiramos nossa candidatura ao cargo de Prefeito.
A televisão é o único fator de equilíbrio entre as forças políticas na campanha eleitoral porque permite a todos os candidatos apresentar a todos os eleitores suas propostas para administração do municipio. Ao mesmo tempo em que garante ao eleitor acesso as informações que vão lhes orientar na tomada de decisão na hora de votar. Tem sido assim nos últimos 30 anos. Sem a televisão, a divulgação das propostas de governo dos candidatos fica muito restrita e o tempo reservado para a campanha não é suficiente para atingir todos os eleitores.
Foi o que ocorreu. Na medida em que ficaram como candidatos apenas dois ex-prefeitos e o candidato da situação, a eleição foi plebiscitária. Os mais votados foram os dois ex-prefeitos. Como era de se esperar, venceu o que tinha uma concessão de televisão.


sábado, 15 de fevereiro de 2014

ALTAMIRA TEM TRÊS DISTRITOS AGUARDANDO A VOTAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL QUE DERRUBARÁ O VETO PRESIDENCIAL AO PROJETO DE LEI QUE POSSIBILITA A CRIAÇÃO DE NOVOS MUNICIPIOS



O municipio de Altamira tem três distritos pleiteando a emancipação, Castelo de Sonhos e Cachoeira da Serra e Canopus. Os dois primeiros estão situados a cerca de 1.000 km da sede perto da fronteira com o estado de Mato Grosso e Canopus estar a mesma distancia na fronteira com o municipio de Ourilândia do Norte certificando o fato de ser Altamira o maior municipio do Brasil. As populações sofrem com a ausência da gestão central devido a distancia e os problemas são inúmeros: falta de médicos, professores, assistência rural, saneamento básico, segurança e até dificuldade pra tirar documentos. Este conjunto de dificuldades ajuda a colocar o distrito de Castelo entre os mais de 300 distritos em que a emancipação é considerada viável.
A luta dessas populações vem se arrastando desde que o governo, ainda na época em que o Presidente era Fernando Henrique Cardoso, criou uma lei que suspendeu a criação de novos municipios alegando contenção de gastos públicos. A luz no fim do túnel, para essas populações, acendeu quando o Congresso Nacional aprovou um projeto de Lei que possibilita a criação de novos municipios. Mas a comemoração não veio por que a Presidenta Dilma vetou totalmente o projeto com o mesmo argumento: contenção dos gastos.
Agora a expectativa é a votação no congresso para derrubar o veto, o que vai acontecer nesta terça feira. Vamos torcer e aguardar pra ver se vai funcionar, para este capítulo da construção de nossa frágil democracia, a independência entre os poderes da República.