http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/09/cuba-tem-melhor-educacao-da-america-latina-diz-banco-mundial.html
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
sábado, 26 de julho de 2014
sábado, 12 de julho de 2014
quinta-feira, 12 de junho de 2014
DESPERDÍCIO E INCOMPETÊNCIA?
ESTA É A SITUAÇÃO DO VELHO PREDIO
DA 10ª UNIDADE REGIONAL DE EDUCAÇÃO-URE/SEDUC LOCALIZADA NO CAIS ESQUINQ DA COMANDANTE
CASTILHO COM JOÃO PESSOA. UM PATRIMÔNIO
PÚBLICO DOADO PELO CORONEL MEIRELLES 50 ANOS ATRAZ.
QUANDO ASSUMIMOS A DIREÇÃO DA 10ª
URE NO INICIO DE 2007, FZEMOS GESTÃO PARA CONSEGUIR A REFORMA DO PREDIO.
FINALMENTE CONSEGUIMOS INICIAR AS OBRAS, E PARA ISSO, FOI NECESSARIO TRANSFERIR
A URE PARA UM PREDIO ALUGADO POR R$ 5.000,00 NA ESQUINA DA RUA MAGALHÃES BARATA
COM TV. LINDOLFO ARANHA ATÉ A CONCLUSÃO DAS OBRAS. ENTRETANTO, EM MENOS DE UMA SEMANA DEPOIS QUE HAVIAMOS
SAÍDO DA DIREÇÃO NO FINAL DE 2009, A OBRA PAROU.
AGORA O ATUAL GOVERNO DO ESTADO
PREFERIU ALUGAR UM PREDIO POR R$ 25. OOO,OO MENSAIS A CONCLUIR A REFORMA. QUAL
O MISTERIO POR TRAZ DESTE IMOVEL LOCALIZADO NUMA ÁREA NOBRE DA CIDADE? NÃO
SERIA MAIS ECONÔMICO PARA O CONTRIBUINTE QUE O GOVERNO CONCLUISSE AS OBRAS?
SERIA POR CAUSA DO COSTUMEIRO DESCASO PARA COM A EDUCAÇÃO?
quinta-feira, 8 de maio de 2014
DIA 06 MAIO. DIA DA MATEMÁTICA
NO ÚLTIMO 06 DE MAIO COMEMOROU-SE O DIA DA MATEMÁTICA.
QUERO DAR MEUS PARABÉNS A TODOS E TODAS MATEMÁTICOS E MATEMÁTICAS! TAMBÉM PARA OS QUE GOSTAM DESSA DISCIPLINA FUNDAMENTAL NA VIDA E NA CIÊNCIA.
A MATEMÁTICA É COMO A POLÍTICA. OS QUE NÃO GOSTAM, TAMBÉM SÃO DIRIGIDOS POR ELA!!!
QUERO DAR MEUS PARABÉNS A TODOS E TODAS MATEMÁTICOS E MATEMÁTICAS! TAMBÉM PARA OS QUE GOSTAM DESSA DISCIPLINA FUNDAMENTAL NA VIDA E NA CIÊNCIA.
A MATEMÁTICA É COMO A POLÍTICA. OS QUE NÃO GOSTAM, TAMBÉM SÃO DIRIGIDOS POR ELA!!!
MECANIZAÇÃO DA PEQUENA E MEDIA AGRICULTURA NA AMAZÔNIA
A
AGRICULTURA NA NO PARÁ E NA AMAZÔNIA PRECISA SER MECANIZADA.
PRINCIPALMENTE PARA OS PEQUENOS E MÉDIOS AGRICULTORES. O DINHEIRO DO
SETOR É DIRECIONADO PARA OS GRANDES PRODUTORES. É PRECISO LEIS APONTANDO
PARA ISSO!!
segunda-feira, 21 de abril de 2014
INDIOS DE ALTAMIRA COMEMORAM 19 DE ABRIL
Os indios de Altamira realizaram uma grande festa de comemoração pela passagem do seu dia, 19 de abril. A festa foi na ARESSA no bairro de Brasilia. Vieram representantes de varias aldeias da região do Xingu e Iriri.
Houve danças, e muitas crianças se divertido na piscina. A comida foi servida com muito peixe, churrasco e refrigerante como a bebida.
Os organizadores do evento foram os presidentes das associações dos índios de Altamira, o Luis Xipaya, Gilson Curuaia, Elza Xipaya. O professor Raimundo Oliveira foi apresentado como convidado de honra.
domingo, 30 de março de 2014
MINHA JORNADA
COMPLETEI 30 ANOS NA EDUCAÇÃO E UM CURRICULUM
CURRICULUM VITAE
IDENTIFICAÇÃO
NOME: RAIMUNDO PEREIRA DE OLIVEIRA
PROFESSOR
MATRÍCULA SEDUC: 6036422
CPF: 151 171 971 00 IDENTIDADE: 552 041 SEP-DF
ESCOLARIDADE
*ENSINO DE 1º GRAU: EXAME SUPLETIVO – SECRETARIA DE
EDUCACÃO E CULTURA DO DISTRITO FEDERAL - 1975
*ENSINO DE 2º GRAU: HABILITAÇÃO BÁSICA EM CONSTRUCÃO
CIVIL - CENTRO EDUCACIONAL ELEFANTE BRANCO – BRASILIA DF - 1978
*ENSINO SUPERIOR: CURSO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E
BIOLÓGICAS - LICICENCIATURA DE 1º GRAU – UNICEUB BRASÍLIA DF - 1981.
*ENSINO SUPERIOR: CURSO DE CIÊNCIAS - LICENCIATURA
PLENA HABILITAÇÃO EM MATEMATICA – UNICEUB BRASILIA DF - 1982.
CURSOS
*ENCONTRO DE ESTUDOS MATEMATICOS -
DURAÇÃO 30H – UNICEUB BRASÍLIA DF 1981;
*PLANEJAMENTO DE CURSO DE CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA PARA O 1º GRAU-UFPA 1991
*CICLO DE ESTUDOS SOBRE A PRÁTICA
DOCENTE – UFPA 1994;
*ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO PARA
PROFESSORES – UFPA 1994;
*CURSO DE ELABORAÇÃO DE MATERIAL
DIDÁTICO PARA EDUCACÃO A DISTANCIA – OFICINA DE RADIO E VIDEOCASSETE – DURAÇÃO
24H – UFPA 1994;
*CURSO DE ASTRONOMIA – 47ª REUNIÃO DA
SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA - SBPC SÃO LUIS MA 1995;
SEMINARIOS –
PARTICIPAÇÃO
*I ENCONTRO DE EXTENSÃO DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO
DE ALTAMIRA – UFPA 1990;
*III SEMINARIO DE AVALIAÇÃO E
PLANEJAMENTO DA EXTENSÃO NO INTERIOR DO PARÁ – UFPA 1992;
*VI SEMINARIO DE EXTENSÃO DO CAMPUS
UNIVERSITARIO DE ALTAMIRA – UFPA 1995;
*FORUM DE DEBATES SOBRE A LDB-LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – UFPA 1995;
*SEMINARIO: DESAFIOS DO II CONGRESSO
& O PT E O PODER NO PARÁ – DIRETORIO ESTADUAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES
– 1999;
*II SEMINARIO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE
9 ANOS - DURAÇÃO 16H - SEDUC-PA 2007;
*O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO DO ENSINO
MEDIO INTEGRADO NO ESTADO DO PARÁ-SEDUC/PA 2008;
*FORUM DOS SECRETARIOS DE EDUCAÇÃO DO
PARÁ – SEDUC/PA 2009;
SEMINARIOS –
COORDENAÇÃO
*I
SEMINARIO PARA EDUCADORES DO PRÉ E DE 1ª A 4ª SERIE DE CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA – UFPA 1992.
CONGRESSOS – PARTICIPAÇÃO
COMO DELEGADO
*I CONGRESSO DOS TRABALHADORES EM
EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL – SIMPRO DF 1987;
*III CONGRESSO DE EDUCADORES DA
TRASAMAZÔNICA – SINTEPP REGIONAL XINGU 1989;
*VIII CONGRESSO ESTADUAL DOS
TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO. “EM DEFESA DA ESCOLA PÚBILCA” SINTEPP 1990;
*I ENCONTRO DE DOCENTES DA UFPA –
ADUFPA – ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UFPA 1993;
*XIV CONGRESSO ESTADUAL DO SINDICATO
DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO PÚBLICA DO PARÁ 1998;
*GRITO DA TRANSAMAZÔNICA – FETAGRI/PA
1999;
*XII CONGRESSO REGIONAL XINGU DO
SINTEPP - 2002;
*XVII CONGRESSO ESTADUAL DO SINTEPP.
“EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE SOCIAL, COMPROMISSO DE LUTA SEMPRE” 2005.
CONFERENCIAS –
PARTICIPAÇÃO COMO DELEGADO
*I CONFERENCIA ESTADUAL DE FORMAÇÃO –
CUT – CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES 2005;
*I CONFERENCIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO.
“PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO” SEDUC/PA 2008;
*I CONFERENCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
BÁSICA- BRAÍSILIA MEC 2008;
* CONFERENCIA DE COMUNICAÇÃO DO ESTADO
DO PARÁ ETAPA REGIONAL DE ALTAMIRA 2009;
CONSELHOS – MEMBRO
*CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE
(SUPLENTE)-SECRETARIA DE SAÚDE DE ALTAMIRA 1994;
*CONSELHO DE SENTENÇA - TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO PARÁ COMARCA DE ALTAMIRA 2010;
MÉRITOS
* DIPLOMA DE HONRA AO MÉRITO DA FORÇA
AEREA BRASILEIRA – MINISTERIO DA AERONÁUTICA 1978;
*DIPLOMA DE AMIGO DO 16º BATALHÃO DE
POLICIA MILITAR – 16º BATALHÃO XINGU DA PM/PA 2008.
*TURMA RAIMUNDO PEREIRA DE OLIVEIRA – TURMA DE MATEMATICA DE
1993 DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, CAMPUS DE ALTAMIRA-PA.
*SELECIONADO COMO BOLSISTA-UnB 1979.
CARGOS EM DIRAÇÃO
*DIRETOR DA 10ª UNIDADE REGIONAL DE
EDUCAÇÃO SEDUC/PA – PORTARIA 3074/CRH 2007/2009;
*VICE-COODENADOR DO CAMPUS
UNIVERSITARIO DA UFPA EM ALTAMIRA (ELEITO) PORTARIA 2282/UFPA 1993/1995;
*COORDENADOR ESTADUAL DE COMUNICAÇÃO
DO SINTEPP (ELEITO) 2003;
*COORDENADOR GERAL DA REGIONAL XINGU
DO SINTEPP (ELEITO) 1989/1990 E 2000/2006;
*COORDENADOR GERAL DA SUBSEDE ALTAMIRA
DO SINTEPP (ELEITO);
*COORDENADOR DO CONSELHO ESCOLAR DA
EEEM DAIRCE PEDROSA TORRES 1991/1992;
*PRESIDENTE DO PARTIDO VERDE DE ALTAMIRA
2011/1013;
*PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE
MEDICILÂNDIA-PA 1989.
CONCURSO PÚBLICO -
APROVAÇÃO
*PROFESSOR CLASSE C – FUNDAÇÃO
EDUCACIONAL DO DISTRITO FEDERAL – 1982;
*AGENTE ADMINISTRATIVO DO SERVIÇO
PÚBLICO FEDERAL – DASP 1979;
*PROFESSOR SUBSTITUTO DA UFPA -
PROCESSO SELETIVO CONVÊNIO/FADESP 1992;
*PROFESSOR AD-4 DA SEDUC/PA 2002.
POLÍTICA E CIDADANIA –
PARTICIPAÇÃO
*CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL
1986/1990;
*CANDIDATO A VEREADOR ALTAMIRA 1992;
*CANDIDATO A VEREADOR ALTAMIRA
(SUPLENTE) 1996;
*CANDIDATO A PREFEITO DE ALTAMIRA
2004.
EXPERIENCIA
PROFISSIONAL
*MINISTERIO DA AERONÁUTICA/BRASÍLIA DF
– SERVIÇO MILITAR 1976/1978;
*ASTEL LTDA/BRASÍLIA DF - MOTORISTA
1978;
*BANCO NACIONAL S/A - BRASÍLIA-DF –
ESCRITURARIO 1978/1979;
*MINISTERIO DOS TRANSPORTES-BRASILIA
DF – AGENTE ADMINISTRATIVO 1980/1983;
*SECRETARIA DE EDUACACÃO E CULTURA DO
DISTRITO FEDERAL – PROFESSOR 1983/1993;
*SECETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO
PARÁ – PROFESSOR 1989/1992 e 1998/2013;
*SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO E
CULTURA DO MARANHÃO – PROFESSOR 1997/1998;
*UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARA –
PROFESSOR DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL 1992/1995;
*CASA CIVIL DO GOVERNO DO PARÁ –
ASSESSOR ESPECIAL 2009/2010.
ATUALMENTE, LOTADO NO SISTEMA DE ORGANIZACÃO DO ENSINO MODULAR-SOME,
EM ALTAMIRA.
RAIMUNDO PEREIRA DE
OLIVEIRA - ALTAMIRA-PA, JANEIRO DE 2013.
terça-feira, 25 de março de 2014
AGRADECIMENTO PÚBLICO
Já há algum tempo me ocorreu, agradecer de público, esses e essas carinhas que fizeram esta homenagem. Foi sem dúvida a maior recompensa pelos anos de dedicação à causa da educação. Obrigado pessoal! Da turma de matemática 93 da Universidade Federal do Pará-UFPA!
segunda-feira, 17 de março de 2014
BRASIL: DE PARTIDOS, REPÚBLICA E CORRUPCÃO
em por Edir Veiga 16 de março, 2014
Definitivamente podemos afirmar que ainda não temos partidos autenticamente republicanos no Brasil. Esta afirmação advém da frouxidão com que estas organizações políticas recrutam seus membros. Na verdade, seriam os partidos, como selecionadores e formadores de futuras elites políticas que deveriam, não só recrutar novos membros, mas buscar socializá-los dentro dos preceitos de que o Estado é res pública ou coisa pública, através da formação continuada e do exercício de um rígido estatuto contra a corrupção e o peculato.
Nossa desventura antirrepublicana, segundo “MURILO DE CARVALHO”, começa por volta de 1837 quando, efetivamente, nascem os partidos conservador e liberal no Brasil. Estes partidos agrupavam dois grupos políticos oligárquicos e a divergência central era se o Estado seria centralizado ou descentralizado politicamente.
Estes partidos imperiais mantinham relações tipicamente clientelística com os governos e, em vez de pensarem o Brasil e suas províncias, pensavam em como conseguir recursos públicos para atender demandas privadas de suas bases pelo interior do País. Em síntese, estes partidos incorporaram membros dos clãs parentais da sociedade para interagirem com os Estados.
Neste momento, segundo “CARVALHO FRANCO, a população brasileira estava em plena gênese. A miscigenação produzia uma classe de brancos-pardos, pobres e livres que viviam na dependência, como colonos, agregados, “protegidos” e a serviço do grande latifúndio. A produção da riqueza era executada pelos escravos.
Os colonos agregados interagiam com os latifundiários através da roça, do fiado e da obediência cega. O sistema político parlamentarista era materializado pelo imperador, que escolhia o Primeiro Ministro, depois, o parlamento acatava e “providenciava” eleições de carta marcada e operacionada pelo voto de cabresto.
No Brasil da Primeira República tínhamos, efetivamente, os partidos únicos de cada Província. A comissão de Verificação de Poderes, só permitia que se elegesse deputado que escrevesse na cartilha do governador e do presidente. Os Presidentes da República Velha elegeram todos os seus sucessores. Não havia competição fundada na participação popular. A competição era intra-oligárquica. Só votavam 1% da população.
Os primeiros anos da Revolução de 1930 foram de paralisia política, devida à intestina luta dos grupos políticos pelo controle do governo. A população estava fora deste jogo político. Mesmo a Revolução Constitucionalista de 1932 e a Constituinte de 1933, não deixaram de ser um jogo entre os grupos oligárquicos.
Entre 1937, surge o Estado Novo, como síntese da ideia de que o Brasil não poderia superar o controle oligárquico estadual do voto através daquela democracia liberal de fachada. Assim tivemos entre 1937 e 1945 a Ditadura do Estado Novo, que iniciou a construção do Brasil Moderno, através da política de industrialização substitutiva de importação, deu a resposta à crise do crash da Bolsa de Nova York, e à implosão da economia brasileira baseada na agricultura de exportação. Um latifundiário, chamado Getúlio Vargas inaugura o ciclo industrializador do Brasil, que só se finalizaria por volta de 1988.
Em 1946 é inaugurada a Primeira República com participação popular no Brasil. Neste momento temos 16% da população votando. Legalizam-se partidos com legítimas aspirações populares como o PCB de Prestes, o PSP de Ademar de Barros e o PTB, com influência de Vargas, mas assentado nos sindicatos urbanos.
Esta república emergiu condenada porque nasceu durante a guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética. Neste momento o povo urbano e rural chegaram às ruas exigindo direitos sociais. Mas neste momento, passeatas, greves e ocupações eram visto pelos EUA como sinônimo de comunismo e socialismo. Assim esta república com 18 anos de existência foi sepultada em 1964. Neste momento 22% da população votavam.
A população até este momento, ainda mantinha relação tipicamente clientelística com a classe política. Os partidos políticos, nascidos a partir do Estado, PSD e PTB, associados à UDN, que foi construída a partir dos grandes comerciantes urbanos, nada tinham de compromisso republicano. Os recursos públicos pouco chegavam às periferias das grandes cidades e aos interiores de nosso país. No norte e nordeste, a troca pragmática do voto, e o controle do voto pelo cabresto, ainda foram uma realidade até os anos de 1970. Tanto a Ditadura Vargas como a Ditadura Militar jamais importunaram o latifúndio.
Com a redemocratização em 1985 e a nova constituição de 1988 inaugurou-se a Segunda República com participação popular do Brasil. Com as amplas liberdades políticas vieram à tona, as notícias sobre a promiscuidade entre Empreendedores, Políticos e a alta tecnocracia do Estado brasileiro. Hoje, apesar de nosso Estado Nacional estar mais publicizado e controlado, mesmo assim, ainda temos alto índice de desvio de recursos públicos, em direção aos caixas 2 e em direção aos bolsos particulares.
Segundo estimativa mais otimista, nunca o Estado republicano perde menos de 40 bilhões de reais/ano para a praga da corrupção e o peculato. Periodicamente assistimos escândalos envolvendo desvio de recursos públicos. Porém, os partidos deixam ao Ministério Público, à Polícia Federal, à ABIN e à imprensa a tarefa de lutar contra este mal público.
Em síntese, os partidos políticos não tomam nenhuma atitude de curto ou de longo prazo contra candidatos e políticos corruptos. Os partidos deveriam fazer rígido controle de pessoas que se candidatassem a cargos públicos, fossem eles eletivos ou comissionados. Os partidos deveriam combater vigorosamente os políticos com mandato que estivessem envolvidos em falcatruas.
Mas nosso partidos são organizações de pessoa jurídica privada e seus mecanismos de controle interno são desenhados pela própria cúpula partidária, no momento de sua fundação. Assim, normalmente, quem tem acesso aos recursos de poder são os chefes partidários, e são eles que normalmente comandam os acordos antirrepublicanos dentro do legislativo, do executivo e da alta tecnocracia na esfera nacional, estadual e municipal.
Nossos partidos, atavicamente, continuam a ser ferramentas de interesses, mais privados do que públicos. A complacência com a corrupção é um fato, pois começa de cima para baixo. Dentro destes partidos todos sabem de tudo. O militante sabe do rabo sujo do chefe ou líder que lhes servem de exemplo. Assim nossos partidos assumem quase o perfil de grupos mafiosos.
Somado à gênese patrimonialista de nossos partidos políticos, ainda temos o sistema político que induz à corrupção através do desenho do sistema eleitoral e partidário. O voto proporcional em lista aberta, a permissividade para a criação de novos partidos, o fundo partidário, o horário na TV e o financiamento privado de campanha, compõem um sistema que induz o pragmatismo e a corrupção.
A equação é simples. Quem tem mais recursos financeiros tem mais chance de se eleger. Os empresários financiam candidatos ao executivo e ao legislativo com maior chance de vitória. Como empresário não vive de filantropia, o eleito está obrigado a devolver estes recursos em forma de obras, convênios e emendas parlamentares. As licitações fraudulentas são uma necessidade extrema para que o político pague seu débito com os financiadores.
Dentro deste sistema de toma lá, dá cá, é necessário uma complexa rede de corrupção que envolve políticos, funcionários públicos, secretários de governo, Ministros e empresários. O resultado é que bilhões de reais são perdido dentro deste complexa e tortuosa engenharia de um crime que é induzido pelo próprio desenho institucional do sistema político brasileiro.
Políticos sérios, partidos que nascem com boas intenções ficam num dilema permanente: ou entram no sistema ou não terão chances de disputar, em igualdade de condições, os poderes executivos e legislativos. Por certo deve ter honrosas exceções, mas a regra é que todos são engolidos pelo modelo institucional brasileiro.
Deve-se ressaltar que onde existe corrupção há corruptores e corrompidos. Em sociedades desiguais e pobres, são o lócus ideais para que propostas indecentes, como aquelas corruptas, tenham grande oportunidade de florescer. A compra do voto, descarado ou disfarçada, só é possível quando parte da população está fragilizada economicamente. A ética e a moral só podem florescer se existirem bases econômicas e sociais para servirem de alicerce.
Portanto, SOMENTE UMA REFORMA POLÍTICA QUE CONTEMPLE: MAIOR RIGIDEZ À CRIAÇÃO DE NOVOS PARTIDOS. FIM DAS COLIGAÇÕES EM ELEIÇÕES PROPORCIONAIS. FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA. SISTEMA ELEITORAL PROPORCIONAL DE LISTA FECHADA. CONTROLE EXTERNO DO FUNCIONAMENTO PARTIDÁRIO PARA GARANTIR A PARTICIPAÇÃO DOS FILIADOS ATRAVÉS DE PRÉVIAS NAS ESCOLHAS DE CANDIDATURAS MAJORITÁRIAS E PROPORCIONAIS, poderiam aumentar a racionalidade de nosso sistema eleitoral e partidário, e contribuir para que a república vire um fazer cotidiano e seja incorporada à cultura política nacional.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
A LUZ NO FIM DO TUNEL
Os mensalões estão de volta às manchetes dos jornais, o mensalão
do PT e o mensalão do PSDB. Isso ocorre por dois motivos: o julgamento dos
embargos infringentes pelo Supremo Tribunal Federal-STF de seis réus do
mensalão condenados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e a decisão
do mesmo STF, se mantém em sua responsabilidade o julgamento do outro mensalão,
o mineiro, por causa da renuncia do cargo de Deputado do réu Eduardo Azeredo
perdendo o fórum privilegiado. Eduardo Azeredo teria utilizado o esquema do
publicitário Marcos Valério para desviar dinheiro público quando era governador
de Minas Gerais.
Esses dois partidos, protagonistas da recente historia
política brasileira, tentam mais uma vez polarizar a disputa nas eleições deste
ano para presidente da República. Querendo colocar o povo brasileiro no dilema:
“se correr o bicho pega, se ficar o
bicho come”. Remanescentes da luta pela redemocratização do país e contra a
ditadura militar, que dominou o país durante mais de vinte anos, herdaram a
base da política progressista brasileira e a confiança do povo para iniciar uma
nova era baseada na construção de uma sociedade mais justa. Uma das atuações esperada
seria no enfrentamento da causa principal da miséria e injustiça social, que é
a concentração de renda absurda. 1% da população é dona de mais da metade do
Produto interno bruto-PIB e o restante é disputado pelos outros 99%. Esses índices
não diminuíram nesses últimos 30 anos. Esta
estrutura socioeconômica e política em que está montada a nação brasileira é a responsável
direta pelos principais problemas, dentre os quis podemos citar:
semianalfabetismo, violência, saúde pública precária, baixa qualidade da
educação, falta de saneamento básico e proliferação do vírus da corrupção.
O jornal da Band noticiou esta semana um estudo que mostrava
tristes estatísticas como se fosse grande noticia. Dizia que 58% da população pertencem
à classe “C” e que segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE,
esta classe é composta por famílias com renda entre R$ 320,00 e R$ 1.200,00. Esse
valor é menos que um salario mínimo e meio. O que uma família faz com R$
1.200,00 por mês? Como vivem? Como compram remédios quando adoecem? Como fazem
para manter os filhos na escola? Sem contar o fato de que quem ganha cerca de
R$ 1.800,00 deve prestar contas ao imposto de renda, acertadamente apelidado de
LEÃO.
Nós o povo brasileiro estamos com uma tarefa muito importante
este ano. Impedir que estes dois grupos (PT/PMDB e PSDB) polarizem mais uma vez
a disputa eleitoral obstruindo a avaliação de outra alternativa política para o Brasil. Criar essa alternativa eleitoral é nossa responsabilidade. Portanto devemos
promover o fortalecimento do ajuntamento daqueles que estão se colocando como alternativa de poder e que detém o
respeito de uma parcela significativa da população. Estes grupos alternativos são
representados por partidos como PV, REDE SUSTENTABILIDADE/PSB, PSOL, PPS dentre
outros. Só assim poderemos acender novamente “a luz no fim do túnel”.
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